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Inovação e segurança jurídica impulsionam negócios na Enfermagem

Inovação e segurança jurídica impulsionam negócios na Enfermagem

Guimarães Rosa disse, no clássico Grande Sertão: Veredas, que “viver é um descuido prosseguido”. A verdade é que nunca se sabe quando um incidente pode acontecer e mudar a vida de uma hora para outra. Lucinei Pereira da Silva, de apenas 37 anos, aprendeu essa lição da maneira mais severa possível, após sofrer um acidente de moto e ficar com uma lesão grave no pé, que não melhorava e a impedia de retomar a rotina normal. Depois de desenvolver uma escara (lesão na pele), Ercila Soares Rodrigues, de 45 anos, também ficou na mesma situação. Coisa parecida aconteceu com Antônio Paixão Sobrinho, de 73 anos, que teve um corte profundo no pé e não conseguia cicatrizar o machucado de jeito nenhum. Já sem saber o que fazer para se recuperar, essas três pessoas encontraram a cura pelas mãos da enfermeira Francieli Antunes, que as recebeu em seu consultório, tratou as feridas e devolveu a elas a alegria de viver saudável.


“Ela foi enviada por Deus para cuidar do meu marido. Ele cortou a metade do pé e desde o ano passado a doutora está cuidando dele. O trabalho dela é muito positivo. Está quase terminando de sarar”, conta Dona Zinha, que é esposa do Seu Antônio. “Ela me recebeu com todo carinho e começou a fazer as seções a laser, que ajudaram muito na cicatrização. Estou muito feliz e muito agradecida por todo o trabalho que ela fez e está fazendo. É uma profissional incrível e muito eficiente”, relata Lucinei, que já está praticamente recuperada. “Em uns dez dias de tratamento, ela já conseguiu obter um excelente resultado. Estou muito contente com o trabalho que ela está fazendo com minha esposa”, reconhece o marido de dona Ercila, Miguel Duarte da Silva.


Assim como centenas de profissionais de enfermagem em todo o país, a rondoniense Francieli Antunes viu no empreendedorismo a chance de abrir seu próprio negócio, exercer sua autonomia profissional, mudar de vida e, de quebra, ajudar pacientes que antes não contavam sequer com serviços básicos de saúde. “Atendo todo tipo de pessoa, de todas as classes sociais, de todas as idades. Acabou de sair do meu consultório uma criança de 3 anos, com uma lesão na cabeça”, conta a enfermeira, que começou a empreender logo ao se formar. “Ainda na faculdade, eu tive essa visão empreendedora. Comecei com uma empresa de serviços de home care, que vendi no ano passado. Atualmente, tenho um consultório de tratamento de feridas, que atua com terapias avançadas e também empreendo em uma área que carrego como uma paixão: a moda. Abri uma empresa de jalecos, em parceria com uma amiga e hoje me dedico a essas duas atividades, que me dão uma ótima qualidade de vida”, conta.


Mas não é só nesses ramos de atuação que profissionais de Enfermagem estão ganhando destaque no mundo dos negócios. Na capital do país, o enfermeiro José Junior também transformou suas duas maiores paixões em um empreendimento inovador. “Sempre fui vocacionado para a área da saúde e sempre amei os esportes. Eu queria ter algo que aliasse essas duas paixões. Então, decidi abrir uma empresa especializada em situações de urgência e resgate. Foi a melhor decisão que tomei na vida. Por meio da minha empresa, que mantenho com um sócio, realizo o sonho de atuar em grandes eventos de luta, automobilismo, corridas de rua, motocross, hipismo, kart. Fui enfermeiro de campo na Copa das Confederações, na Copa do Mundo e em três edições do UFC. Já trabalhei em shows da banda Kiss, do Julio Iglesias, da Alanis Morissette. Eu me sinto realizado”, afirma.


Empreender mudou a vida do José Junior, e o enfermeiro recomenda o mesmo caminho para outros profissionais que também desejam ter autonomia e trabalhar com o que gosta. “Vale muito a pena. Enquanto a gente vende horas de trabalho para empregadores, nós estamos enriquecendo outras pessoas. Podemos vender o nosso trabalho e gerar riqueza para nós mesmos. Dá um pouco de dor de cabeça, a rotina é intensa, mas compensa. Nosso campo de atuação é amplo e existem muitas oportunidades em diversos segmentos e especialidades”, pontua. Além do ramo de tratamento de feridas, home care e serviços de atendimento pré e pós-hospitalar, a Enfermagem oferece novas oportunidades de empreendimento, como casas de parto, salas de vacinas, clínicas de gerontologia, de estética, de saúde mental, de obstetrícia, de pediatria, de neonatologia e de tecnologia.


A busca por autonomia profissional tem levado cada vez mais profissionais de Enfermagem a buscarem o empreendedorismo como um caminho para tomar as rédeas da própria vida e ter um retorno financeiro mais justo do trabalho que realizam. Esse também foi o caso da enfermeira Flávia Alessandra, de Ji-Paraná. Ao perceber uma demanda crescente por serviços de saúde domiciliares em sua região, ela decidiu abrir uma empresa que presta serviços de home care. Hoje, a empresária gera emprego para mais de 50 pessoas.


“Como empreendedora, estou sempre em busca de inovações e soluções pra resolver problemas. A decisão de fazer a diferença para quem eu sirvo me motiva. É uma rotina diária de persistência e estudos para desenvolvimento de ideias comerciais, criação de soluções de saúde e investimento de recursos para a construção de uma empresa sólida. Atualmente, oferecemos atendimento de saúde domiciliar, serviços de internação, atendimentos pontuais para procedimentos de saúde, administração medicamentosa, retirada de pontos, banho no leito, acompanhamento hospitalar, oxigenioterapia, aluguel de equipamentos, auditorias para planos de saúde, entre outros serviços”, conta a enfermeira.


Ninguém nasce empreendedor, é o contato social que favorece habilidades e características empresariais. A solução para enfrentar as dificuldades é ter posicionamento adequado, resiliência, autoconfiança, persistência, equipe qualificada e foco no resultado. A zona de conforto e o sucesso não podem coexistir. Portanto, é necessário empregar determinação e coragem. Quem quer seguir esse caminho deve definir em qual atividade deseja empreender, identificar quais os problemas do público pode solucionar e, a partir dessa leitura de cenário, definir em qual negócio investir. É necessário buscar ser o melhor e estar à frente da concorrência, pois isso fortalecerá a marca da empresa e motivará os clientes a procurarem pelos serviços. Além disso, nunca se pode parar de estudar, pois novos conhecimentos proporcionam posicionamento sólido no mercado.


Enfermagem obstétrica em expansão – Movida pela paixão pela obstetrícia, a enfermeira Letícia Nicoletti montou uma empresa de cuidados para mulheres, gestantes e bebês em Brasília. Ela conta que se encantou por essa área justamente pelo contato direto que proporciona com as pacientes. “Quando eu fiz a especialização, diante da minha prática no dia a dia, fui percebendo que muita coisa que poderia agregar na minha assistência ficava restrita, porque estava dentro de um protocolo hospitalar. Então, veio esse desejo de ampliar essa assistência e ter autonomia e liberdade de decisão. Quando eu e uma sócia passamos a desenvolver esse fluxo de atendimento, começaram a surgir clientes que estavam buscando justamente esse tipo de cuidado personalizado e humanizado. Foi uma luta árdua, pois a nossa formação não prepara para o empreendedorismo. Mas com persistência, erros e acertos, conseguimos formalizar a empresa, que hoje já está com cinco anos de atuação e duas unidades em funcionamento. Abrimos a possibilidade para sócias-cotistas e estamos ampliando cada vez mais o nosso rol de serviços”, frisa.


A socióloga e historiadora Luana Nascimento, assim como centenas de mamães brasilienses, foi acompanhada pela empresa da enfermeira Letícia Nicoletti antes, durante e após o parto. Seu filho Lino Nascimento Souza veio ao mundo saudável, em segurança, por meio de um parto humanizado e dentro dos protocolos combinados com a equipe. “Durante toda a gestação, elas estiveram disponíveis e atenderam todas as minhas necessidades. As consultas e o curso de formação me deixaram preparada para o momento do nascimento do meu filho. Eu decidi fazer o parto hospitalar, mas quis ter perto de mim profissionais que eu conhecesse e confiasse. Nesse sentido, o trabalho das enfermeiras foi primoroso e fez toda a diferença para que eu me sentisse segura e amparada em cada momento. Toda mulher deveria ter acesso e direito a esse tipo de cuidado”, considera.


O amor pelas gestantes e pelos bebês também levou a enfermeira Carla Mendes a empreender. Ela se formou em janeiro de 2020, aos 45 anos. Em março, começou a pandemia e, sem experiência, a profissional recém-formada se viu sem oportunidades no mercado de trabalho. Para não deixar a formação esfriar, fez um curso de oncologia multiprofissional. Apaixonada por ginecologia e obstetrícia, fez também um curso de consultoria em amamentação. Durante os estudos, conheceu a laserterapia e decidiu abrir um consultório.


“Eu precisava fazer algo, eu queria atender pacientes, eu queria transformar vidas. Não foi difícil, pois o sonho era grande. Tudo fluiu ao meu favor. Os cursos terminaram, eu comprei o material e passei a atender em domicílio. Comecei a tratar fissuras mamilares, feridas operatórias e lacerações. Iniciei assim, fiz a página na internet e fui a visitar os serviços de saúde, para divulgar meu trabalho. Foi então que tomei a iniciativa de formalizar a abertura do meu consultório e hoje sou empreendedora. O meu papel é identificar o problema, adotar os procedimentos adequados e resolver a situação. A paciente que fecha tratamento comigo vai ver o processo de cicatrização acontecer. Isso é possível com a abordagem certa, mesmo a ferida sendo crônica”, revela Carla.


Após sugestão do Cofen e de outras entidades, em fevereiro deste ano, a diretoria colegiada da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou a cobertura obrigatória de consultas de Enfermagem Obstétrica pelos planos de saúde. A medida representa uma vitória para as enfermeiras e enfermeiros obstetras e empreendedores, que vão passar a ter ainda mais independência e autonomia no exercício da profissão e na assistência às gestantes. Segundo a decisão, os planos devem cobrir até seis consultas de pré-natal e duas de puerpério. Reforçando este entendimento, a Justiça Federal negou a terceira tentativa do CFM de impedir profissionais de Enfermagem especializados realizarem ultrassom obstétrica.


De acordo com dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), existem atualmente 291 empresas registradas com o termo “enfermagem” no nome. Além desses empreendimentos especializados, profissionais da área possuem outros tipos de negócio, como comércio de produtos e desenvolvimento de tecnologias para atender demandas do mercado de saúde, que é amplo, diversificado e oferece inumeráveis oportunidades de negócio. “Minha visão empreendedora na área da enfermagem é muito ampla e eu sei que posso crescer cada vez mais. Em tudo que eu olho, vejo uma oportunidade de crescer. Hoje, a demanda é incrível, é satisfatória. Lógico que para ter clientela eu invisto bastante em marketing e propaganda, tanto no meio digital quanto na TV, no rádio e no famoso boca a boca. É muito amplo, é rentável”, descreve Francieli Antunes, que mantém seu consultório de Enfermagem em um renomado hospital de Rondônia.


Embora seja o caminho mais reto para a autonomia profissional, Francieli adverte que não é fácil seguir essa trajetória. “Eu levo três palavrinhas para todos os negócios: paciência, persistência e constância. Eu foco no que eu posso fazer e no que eu devo fazer. Eu não foco na dificuldade, eu foco no resultado. Esse é o segredo. Empreeender no Brasil é muito difícil, principalmente no que diz respeito aos impostos. Precisamos pagar e, infelizmente, embutir isso no produto final. Costumo dizer que empreender não é para os fracos. Não podemos glamourizar, é puxado. Mas, com o tempo, o reconhecimento vem, o dinheiro vem. Hoje, eu tenho um salário incrível, que me permite manter uma ótima estrutura e ainda poupar recursos”, diz.


Segurança jurídica e fortalecimento institucional – O direito de profissionais de Enfermagem a empreender e ter o próprio negócio é assegurado pela Lei 7.498/86 e regulamentado pelas Resoluções 358/19, 568/18 e 606/19, do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen). Recentemente, a autarquia instituiu um Grupo de Trabalho de Inovação e Empreendedorismo na Enfermagem, formado por pesquisadores e experts no assunto, para dar apoio institucional a quem deseja seguir esse caminho. “Vamos desenvolver um processo de coleta de dados sobre ações empreendedoras, auxiliar novos pesquisadores e dar voz aos que pretendem contribuir para a saúde com mais descobertas,” explica a presidente do Cofen, Betânia Santos.


Em sua primeira reunião, o GT analisou diversas experiências exitosas, como associação de tecnologia para tratamentos dermatológicos, desenvolvimento de metodologias de ensino com ênfase no protagonismo profissional e a inclusão da Enfermagem nas auditorias de compra de material hospitalar, entre outros serviços que estão despontando como oportunidade.


O grupo de trabalho é liderado pelo vice-presidente do Cofen, o enfermeiro e advogado Antônio Marcos Freire. Ele entende que o empreendedorismo é o caminho para consagrar o pleno exercício da autonomia profissional. “Com tantos problemas que o Brasil tem na saúde, a enfermagem possui uma grande chance de ser o diferencial. É uma atividade multidisciplinar, que nos possibilita crescer, fazendo o que fomos preparados para fazer, que é ajudar as pessoas. Queremos dar apoio aos colegas que trabalham, que têm ideias novas e que entregam grandes benefícios aos pacientes. O país ainda se encontra sem grandes incentivos para empreender na área da saúde. O que temos hoje surge em função da iniciativa, da vontade e da própria natureza criativa dos profissionais. Dentro das nossas possibilidades, pretendemos tornar o cenário mais favorável”, indica.


Membro da comissão, a enfermeira Cristiane Alves Pereira, que também é professora-doutora da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (EERP-USP), está bastante entusiasmada com a iniciativa do Cofen. Ela conta que sua relação com o empreendedorismo surgiu justamente a partir da constatação de lacunas na formação em enfermagem para o desenvolvimento de competências relacionadas ao empreendedorismo e à inovação. “Embora a USP tenha forte tradição nesse sentido, a nossa formação não estava inserida nesse ecossistema. Essas lacunas se transformaram em oportunidade para a criação de disciplinas de pós-graduação, em 2013 e de graduação, em 2018. A maior dificuldade que ainda temos é o reconhecimento das competências empreendedoras próprias da enfermagem, além do preconceito e desconhecimento sobre o tema. Entretanto, a pandemia reforçou que as possibilidades são inumeráveis e amplamente diversificadas. Não é só possível, é imprescindível empreender e inovar na enfermagem”, assevera.


Segundo Cristiane, quando se considera problemas e necessidades como oportunidades para desenvolver ideias inovadoras e criar valor para os outros, o Brasil apresenta um cenário riquíssimo. Principalmente para a enfermagem, que é um ator estratégico para promover o bem estar das pessoas e assegurar uma vida mais saudável para todos, em todos os níveis de atenção e serviços de saúde. “Esse caminho pressupõe o desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e atitudes. Ou seja, o desenvolvimento de competências, para que as iniciativas não fiquem apenas no campo das ideias. Deve-se buscar oportunidades para reconhecer os próprios talentos, pois esses dons podem ir ao encontro das necessidades do mundo e transformar a vida das pessoas, além de alcançar a autorrealização pessoal e profissional”, preconiza a professora.


A formação da comissão de empreendedorismo no âmbito do Cofen expressa a valorização buscada pela categoria e serve como vitrine, que mantém em evidência histórias inspiradoras. “O sonho de dar visibilidade às estrelas do empreendedorismo na enfermagem agora é real. Buscamos dissipar nuvens, desembaçar as lentes e colocar foco no apoio necessário para essas estrelas brilharem mais e não passarem despercebidas, nem se tornarem estrelas cadentes. Eu conheço verdadeiras constelações, com histórias lindas, que podem despertar outras estrelas nascentes, para brilhar nesse universo de possibilidades, para iluminar e trazer mais vida e saúde às pessoas”, defende a professora Cristiane.


Em relação às tentativas do Conselho Federal de Medicina (CFM) de impedir as iniciativas empreendedoras e o livre exercício profissional da enfermagem por meio de processos judiciais, o vice-presidente do Cofen assume uma postura ponderada e conciliadora. “É apenas uma questão corporativa, que atinge somente o núcleo das corporações e não condiz mais com a realidade. A grande maioria dos médicos brasileiros entende a relação de trabalho com a enfermagem como algo produtivo, que permite avanços no atendimento da população”, avalia Freire. Em decisões recentes, a Justiça Federal tem confirmado a autonomia da enfermagem para empreender e sentenciado a segurança jurídica para o funcionamento de clínicas e consultório de enfermagem, bem como de outros tipos de estabelecimentos especializados administrados por enfermeiras e enfermeiros.


Embora ainda haja um longo caminho a percorrer, a produção científica sobre o assunto começa a ganhar volume no Brasil. De acordo com dados do Google Scholar, a busca por artigos científicos e estudos de caso que contenham os termos “consultório”, “consulta” e “enfermagem” reporta aproximadamente 22 mil resultados e a busca pelos termos “enfermagem” e “empreendedorismo” na plataforma devolve mais de 18 mil resultados. Aos profissionais e estudantes que pretendem empreender, primeiramente, é recomendado um estudo aprofundado da linha de atuação que se deseja seguir.


“A qualidade da assistência exige um pleno conhecimento daquilo que se está realizando e da legislação em torno da atividade. Estudar os desafios, as oportunidades e as adversidades é obrigatório. Aprender sobre economia e mercado também, para saber como as relações comerciais se dão. Com trabalho e doação, a chance de ser vitorioso existe. Para dar certo, não pense primeiramente na questão financeira. Pense em fazer um trabalho de qualidade, que ajude as pessoas e o retorno financeiro será uma consequência. O empreendedorismo pode ser o incidente que vai mudar a sua vida”, finaliza Antônio Marcos.


Referência

http://www.cofen.gov.br/inovacao-e-seguranca-juridica-impulsionam-novos-negocios-na-enfermagem_89525.html

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Biocurativo proposto por enfermeira participa de aceleração tecnológica do Senai-SP

Biocurativo proposto por enfermeira participa de aceleração tecnológica do Senai-SP

Curativo biotecnológico com base em biomassa de substrato da indústria florestal, que possa ser gerado por impressão 3d, é a aposta da enfermeira Érica Bezerra, integrante da Câmara Técnica de Empreendedorismo e Gestão de Negócios em Enfermagem do Cofen, para solucionar duas grandes questões: o alto custo dos curativos de alta eficiência para o tratamento de feridas agudas e crônicas e a sustentabilidade da indústria florestal, com reaproveitamento de resíduoCurativo biotecnológico com base em biomassa de substrato da indústria florestal, que possa ser gerado por impressão 3d, é a aposta da enfermeira Érica Bezerra, integrante da Câmara Técnica de Empreendedorismo e Gestão de Negócios em Enfermagem do Cofen, para solucionar duas grandes questões: o alto custo dos curativos de alta eficiência para o tratamento de feridas agudas e crônicas e a sustentabilidade da indústria florestal, com reaproveitamento de resíduo.


Leia mais em https://www.cofen.gov.br/biocurativo-proposto-por-enfermeira-participa-aceleracao-tecnologica-do-senai-sp/#:~:text=Fruto%20da%20pesquisa%20da%20doutoranda,do%20Uplab%20do%20Senai%2DSP.

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15 healthtechs que estão revolucionando a saúde para ficar de olho

15 healthtechs que estão revolucionando a saúde para ficar de olho

Fundada pelo enfermeiro Arlei Alves e pelo administrador apaixonado por tecnologia Felippe Carone, a Safepill faz a administração dos medicamentos para promover um tratamento seguro dos pacientes. A companhia organiza os fármacos por dose, dia e horário, em embalagens ordenadas cronologicamente dentro de uma box entregue a domicílio uma vez por mês. “A healthtech resolve um problema comum de pessoas que costumam precisar de vários medicamentos por dia: o de se organizar para tomar os remédios na hora certa e na dosagem prescrita”, explica Natália Beraldo, do Hospital Israelita Albert Einstein.


A startup analisa a lista de medicamentos previamente e informa sobre combinações entre os remédios que devem ser evitados – como tomar anti-inflamatório com coagulante – para aumentar a eficiência do tratamento. “O serviço também gera maior comodidade ao cliente, pois dispensa a necessidade de idas até as farmácias convencionais.”


Referência

https://forbes.com.br/forbes-tech/2021/07/16-healthtechs-que-estao-revolucionando-a-saude-para-ficar-de-olho-em-2021/#foto10

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Startup descomplica treinamento para procedimentos de hemodiálise

Startup descomplica treinamento para procedimentos de hemodiálise

Para amenizar risco à saúde dos pacientes que sofrem de insuficiência renal, técnica de enfermagem desenvolveu um protótipo para as capacitações. A complexidade para treinar os profissionais de saúde em procedimentos de hemodiálise despertou o empreendedorismo na técnica e graduanda de enfermagem, Renata Cândido da Silva. Servidora na prefeitura de Arapongas, região Norte do Paraná, ela desenvolveu um simulador para humanizar e descomplicar a capacitação nesta área. A solução da startup – uma boneca com mecanismo que simula a corrente sanguínea – partiu de uma dificuldade enfrentada pela técnica de enfermagem ao passar pelo treinamento tradicional, que é realizado durante a própria sessão de hemodiálise.


Referência

https://forbes.com.br/forbes-tech/2021/07/16-healthtechs-que-estao-revolucionando-a-saude-para-ficar-de-olho-em-2021/#foto10

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Estudantes de enfermagem criam adaptador para deficientes visuais autoaplicarem insulina

Estudantes de enfermagem criam adaptador para deficientes visuais autoaplicarem insulina

A autoaplicação de um medicamento tem sempre seus riscos, mas realizá-la tendo algum tipo de deficiência visual pode ser ainda mais arriscado, como na aplicação de insulina, por exemplo, ação considerada potencialmente perigosa (MPP). Ou seja, se aplicada uma dose acima do necessário, pode levar o paciente a ter sérios problemas ou até mesmo levá-lo a óbito, e, se aplicada em menor quantidade, pode causar a progressão da doença.

Para auxiliar essas pessoas na aplicação sem riscos, as alunas Ana Júlia de Lana Silva, Lorena Alves Pantoni, Alessandra H. Boroski e Júlia Mendez, da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP, em parceria com o aluno de psicologia Luciano Delphino de Azevedo Júnior, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), desenvolveram um adaptador externo à seringa que limita a quantidade que a pessoa aspira com base na prescrição médica ou protocolo terapêutico.


O dispositivo atendeu os requisitos de patenteabilidade junto ao INPI (BR 20 2021 013303 7), foi publicado em 19.10.2021 na Revista da Propriedade Industrial - RPI Nº. 2650, pág. 118, o item 2.1 (notificação de depósito de pedido de patente).


Referência

https://forbes.com.br/forbes-tech/2021/07/16-healthtechs-que-estao-revolucionando-a-saude-para-ficar-de-olho-em-2021/#foto10

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Enfermeira receberá prêmio Mulheres na Ciência 2023

Enfermeira receberá prêmio Mulheres na Ciência 2023

A Câmara dos Deputados escolheu na quarta-feira (5) as três cientistas que serão agraciadas na edição 2023 do prêmio Mulheres na Ciência Amélia Império Hamburger. A premiação é concedida anualmente a três estudiosas que se destacam por suas contribuições para a pesquisa científica nas áreas de ciências exatas, ciências naturais e ciências humanas.


As escolhidas deste ano são:


Luciane Bisognin Ceretta – formada em Enfermagem e Administração de Empresas, a pesquisadora é mestre em Saúde Pública e doutora em Ciências da Saúde pela Universidade do Extremo Sul Catarinense, de onde é reitora atualmente.


Deborah Carvalho Malta – formada em Medicina pela Universidade Federal de Juiz de Fora, com mestrado em Saúde Pública pela Universidade Federal de Minas Gerais, doutorado em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual de Campinas e pós-doutorado pela Universidade Nova de Lisboa. É professora do Departamento de Enfermagem Materno Infantil e Saúde Pública da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais.


Eliete Bouskela – graduada em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, tem mestrado em Biofísica e doutorado em Fisiologia pela mesma instituição. É professora titular da Universidade Estadual do Rio de Janeiro.


Elas receberão o prêmio em uma cerimônia em 5 de julho, às 16 horas, no Salão Nobre.


Conselho deliberativo – As agraciadas foram escolhidas pelo conselho deliberativo formado pela 2ª secretária da Câmara, deputada Maria do Rosário (PT-RS); pela presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, deputada Lêda Borges (PSDB-GO); pela presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, deputada Luisa Canziani (PSD-PR); e por um representante de cada partido político com assento na Casa, indicado pelo respectivo líder.


Criado pela Resolução 24/21, o prêmio Mulheres na Ciência Amélia Império Hamburger é um reconhecimento da Câmara à excelência da participação feminina na solução dos grandes desafios da humanidade e um estímulo à capacitação de mais mulheres cientistas.


Amélia Império Hamburger – Amélia Império Hamburger (1932-2011) foi uma física, professora, pesquisadora e divulgadora científica brasileira. Graduada pela então Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo, concluiu em 1960 o mestrado na Universidade de Pittsburgh (EUA) e foi coautora de artigo científico publicado no primeiro número da revista Physical Review Letters, de 1958. Além de outras conquistas, participou da criação da Sociedade Brasileira de Física.

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CBCENF premia inovação, empreendedorismo, fiscalização e pesquisa em Enfermagem

CBCENF premia inovação, empreendedorismo, fiscalização e pesquisa em Enfermagem

Marcada por homenagens, abraços e agradecimentos, a cerimônia de encerramento do 25º Congresso Brasileiro dos Conselhos de Enfermagem (25º CBCENF) era também um momento de grandes expectativas para participantes das premiações. Ao meio dia desta quinta-feira, os congressistas conheceram os premiados no Laboratório de Inovação em Enfermagem, do 2º Bootcamp Healthtech, no Prêmio Fiscalize e os trabalhos científicos vencedores nos três eixos temáticos do congresso.


Com a presença da assessora da Organização Panamericana da Saúde (OPAS/OMS), Maria Silvia Fruet, de representantes das oito experiências exitosas finalistas receberam o . A iniciativa é uma parceria da OPAS e do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) e buscar reconhecer o trabalho inovador dos profissionais que estão na assistência para fortalecer e potencializar boas práticas, capazes de ampliar o acesso e a resolutividade da Saúde.


Realizado pela Comissão Nacional de Inovação e empreendedorismo do Cofen, o 2º Bootcamp Healthtech: Inovação e Empreendedorismo para criação de valor para Saúde e Enfermagem reuniu mais de 80 participantes, organizados em 18 equipes, que desenvolveram seus projetos em intensa imersão. A iniciativa contou com avaliador internacional e distribuiu R$ 3 mil, R$ 1,5 mil e R$ 500 para apoiar as três equipes mais bem avaliadas: Enfmind (1º), Performance (2º) e Mada Laana (3º). Veterana, a equipe Enfmind é bicampeã do bootcamp.


Foram de São Paulo, também, os vencedores do Prêmio Fiscalize, que reconhece e valoriza ações de fiscalização do exercício profissional realizadas nos Conselhos Regionais. A iniciativa “Fortalecendo a Fiscalização: o plano individual de trabalho como solução para desafios de gestão e produtividade no Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo” conquistou o primeiro lugar e recebeu o cheque de R$ 8 mil, seguido das iniciativas “Um novo instrumento de gestão para o DFIS” (Coren-MG) e “A sala do enfermeiro responsável técnico: uma estratégia para o fortalecimento do processo de fiscalização” (Coren-AL).

A muito aguardada premiação dos trabalhos científicos foi anunciada pela coordenadora científica, Aurilene Cartaxo. No eixo temático “Tecnologia, empreendedorismo e inovação no cuidado em Enfermagem”, o trabalho premiado foi “A Construção e Validação de Cordel como Tecnologia Educativa para a Prevenção e Cuidado do Pé Diabético”, de Daniele Teixeira Queiroz, do Ceará, que recebeu o cheque de R$ 7,5 mil reais.


No eixo “Dimensão ético-política nas práticas profissionais”, o trabalho premiado foi “Abortamento: assistência de Enfermagem sob a ótica da tecnologia humanista de Peterson e Zderad”. A relatora Janaína da Costa Vital foi convidada a receber o cheque.


No eixo “Formação, Educação e Gestão de Enfermagem”, o trabalho premiado foi “Morte e Vida Severina: Óbitos e outros desfechos associados ao acidente vascular cerebral no Nordeste Brasileiro”, relatado por Fernanda Gomes Pinheiro, que recebeu a premiação de R$ 7,5 mil reais.


Laboratório de Inovação em Enfermagem (OPAS/Cofen)

Experiências exitosas

  • Elpo App: Inovação para Avaliação de Risco de Lesões Decorrentes do Posicionamento Cirúrgico Rj – Rio de Janeiro e outras 90 cidade

Hospital Universitário Clementino Fraga Filho – Ufrj

Autor Principal – Camila Mendonça De Moraes

  • Impacto da Enfermeira Obstetra de Ligação na Assistência ao Diabetes Gestacional em uma Rede de Atenção à Saúde – SP – São Paulo

Hospital Municipal Dr. Moysès Deutsch/Ubs Integrada Vera Cruz

Autor Principal – Regiane Oliveira Thomaze

  • Ligue Web Saúde Joinville como ferramenta de apoio à Atenção Primária em Saúde no Enfrentamento da Pandemia Covid-19 – SC – Joinville

Secretaria Municipal de Saúde de Joinville

Autor Principal – Caroline Dias

  •  Mandala de Pronação: Um Projeto Aplicativo para Prevenção de Lesão de Pressão em Pacientes em Prona na Pandemia de Covid-19. RJ- Rio de Janeiro

Hospital Municipal Ronaldo Gazolla – Smsrj

Autor Principal – Elaine Lopes da Silva de Albuquerque

  •  Melhoria do Acesso à Pessoa com Estomia de Eliminação no Município de Florianópolis a partir da Implantação de Dois Fluxogramas de Atendimento SC – Florianópolis

Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis

Autor Principal – Guilherme Mortari Belaver

  • O Enfermeiro no Processo Parir/Nascer: Estratégia de Cuidado e Humanização do Parto no Hospital Regional de Propriá-SE.

Secretaria Municipal de Saúde de Propiá.

Autor Principal – Maria Luiza Bezerra Oliveira

  •  O Protagonismo da Enfermagem no Controle da Covid-19 em Idosos Institucionalizados – MG – Belo Horizonte

Secretaria Municipal De Saúde De Belo Horizonte

Autor Principal – Viviane Rodrigues Jardim

  • Tecnologia Assistencial para Primeira Visita Domiciliar ao Recém-Nascido E Família – PR – Pitanga

Secretaria Municipal De Saúde De Pitanga

Autora Principal – Ginaina Catia De Pra Oliveira

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Opas/OMS divulga Boletim Especial sobre Práticas Avançadas em Enfermagem

Opas/OMS divulga Boletim Especial sobre Práticas Avançadas em Enfermagem

A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) no Brasil, o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) e o Centro Colaborador da OPAS/OMS para o Desenvolvimento da Pesquisa em Enfermagem, da Universidade de São Paulo/Ribeirão Preto, promoveram entre setembro a novembro deste ano, seis ciclos de palestras com a participação das principais instituições internacionais envolvidas no desenvolvimento das Práticas Avançadas em Enfermagem (PAE) no Chile, México, Estados Unidos, Espanha, Reino Unido e Canadá. O objetivo foi promover o compartilhamento de experiências nacionais e internacionais visando subsidiar a discussão sobre a implantação da PAE no Brasil.


A PAE refere-se a uma variedade de funções possíveis para a(o) enfermeira(o) que atua em nível avançado de prática. Como no Brasil ainda não há regulamentação para a PAE, desde 2015, a OPAS/OMS Brasil tem promovido discussões sobre a implementação da PAE voltada para a Atenção Primária à Saúde (APS), articulando as principais instituições, como os Ministérios da Educação e da Saúde e o Cofen. Em 2016, o Cofen implantou a Comissão de Práticas Avançadas em Enfermagem visando ampliar o escopo profissional e desenvolver o trabalho multiprofissional na atenção básica. Ao palestras foram transmitidas online no canal do Youtube do  e no . As apresentações e as gravações dos estão acessíveis na reportagem de cada uma delas, disponíveis a seguir.


Chile – A experiência do Chile com a regulamentação da Prática Avançada da Enfermagem (PAE) foi o tema do primeiro ciclo de palestras promovido pela Organização Pan-Americana da Saúde no Brasil e pelo Conselho Federal de Enfermagem, nesta sexta-feira (24/09). Como resultado do trabalho conjunto de acadêmicos, gestores e especialistas chilenos, a PAE oncológica foi incorporada na política pública e na formação profissional por meio da oferta de mestrado profissional.


“A OMS e PAHO foram essenciais como elemento político para estabelecer as prioridades da PAE para políticas públicas, visando expandir o acesso aos serviços, especialmente para a atenção à saúde de usuários oncológicos”, explica Maria Consuelo Ceron Mackay, diretora da Faculdade de Enfermagem e Obstetrícia da Universidad de los Andes.


Canadá – A implementação de Práticas Avançadas em Enfermagem (PAE) no Canadá foi tema da oficina virtual, que aconteceu no dia 8 de outubro, com o intuito de promover o compartilhamento de experiências nacionais e internacionais visando subsidiar a discussão sobre a implantação da PAE no Brasil.


Canadá – A implementação de Práticas Avançadas em Enfermagem (PAE) no Canadá foi tema da oficina virtual, que aconteceu no dia 8 de outubro, com o intuito de promover o compartilhamento de experiências nacionais e internacionais visando subsidiar a discussão sobre a implantação da PAE no Brasil.


“Os serviços são organizados e prestados no Canadá de acordo com a sua divisão geográfica, para 35 milhões de habitantes no total. O sistema de cobertura universal de saúde é através do pagamento de impostos e dá acesso à Atenção Primária à Saúde (APS), prestada pelos médicos de família, serviços hospitalares, ambulatoriais, mas a cobertura não é muito completa e as pessoas ainda precisam pagar um pouco do próprio bolso por muitos serviços de saúde em situações ambulatoriais, reabilitação, medicamentos e equipamentos”, explicou Denise A. Bryant-Lukosius, professora da Escola de Enfermagem, integrante do Departamento de Oncologia da Faculdade de Ciências da Saúde da McMaster University, presidente do Comitê de Currículo do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem e co-diretora fundadora do Centro Canadense para Pesquisa em Enfermagem de Prática Avançada (CCAPNR).


Espanha – A experiência de implementação da Prática Avançada em Enfermagem na Espanha, que tem como objetivo melhorar o sistema de saúde e a cobertura, foi tema da oficina virtual, realizada no dia 15 de outubro, como parte do Ciclo de Palestras Internacionais sobre práticas avançadas em enfermagem.


Elena Jiménez, diretora dos Cursos de Especialização em Gestão de Cuidados e Práticas Avançadas de Enfermagem, da Escola Andaluza de Saúde Pública, apresentou a definição do termo segundo o Conselho de Enfermagem do Canadá. “Uma enfermeira de prática avançada é uma profissional generalista ou especializada que tenha adquirido, mediante formação de graduação adicional (mínimo mestrado), a base de conhecimento, habilidade para tomada de decisão complexa e competências para a prática avançada da enfermagem cujo as características estão modeladas pelo contexto em que se acredita para exercer”.


Estados Unidos – A Prática Avançada em Enfermagem nos Estados Unidos (EUA) foi tema do encontro virtual, realizado no dia 22 de outubro, transmitido no canal Somos Enfermagem TV e no Portal da Inovação na Gestão do SUS. “Podemos perceber que a iniciativa melhorou o acesso ao cuidado em saúde em contextos com oferta limitada de médicos, a qualidade do cuidado aos indivíduos portadores de condições crônicas e a redução dos gastos em saúde após a adoção da APN (Advanced Practice Nursing)”, segundo a painelista Joyce Pulcini. O ciclo de debates é promovido pela Organização Pan-Americana da Saúde no Brasil, pelo Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) e pelo Centro Colaborador da OPAS/OMS para o Desenvolvimento da Pesquisa em Enfermagem da Universidade de São Paulo/Ribeirão e visa o intercâmbio de experiências entre o Brasil e outros países.


A professora Joyce Pulcini, diretora do GW Enfermagem comunitária e iniciativas globais (2014-2018) e referência no desenvolvimento global de enfermagem de prática avançada, explicou que os EUA demorou 50 anos para priorizar a atenção primária. “Nos EUA, a prática avançada começou com enfermeiros que viram a oportunidade de expandir as ações para atender toda a população dos EUA. No início alguns médicos, enfermeiros e universidades foram contra, então tivemos que convencê-los”, ressaltou.


México – A reunião virtual Prática Avançada em Enfermagem no México aconteceu no dia 5 de novembro, no canal Somos Enfermagem TV, e abordou sobre a situação da enfermagem no país e as estratégias utilizadas para a ampliação e melhoria dos serviços de saúde, principalmente na atenção primária, e para otimização dos recursos humanos.


A iniciativa é promovida pela Organização Pan-Americana da Saúde no Brasil, pelo Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) e pelo Centro Colaborador da OPAS/OMS para o Desenvolvimento da Pesquisa em Enfermagem da Universidade de São Paulo/Ribeirão.


Reino Unido – A experiência do Reino Unido sobre as Práticas Avançadas em Enfermagem foi tema da última reunião virtual, que aconteceu nesta quarta (24/11), do ciclo de intercâmbio promovido pela Organização Pan-Americana da Saúde no Brasil, pelo Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) e pelo Centro Colaborador da OPAS/OMS para o Desenvolvimento da Pesquisa em Enfermagem da Universidade de São Paulo/Ribeirão. As palestrantes foram a diretora e a presidente do International Council of Nurses (ICN) do Reino Unido, Melaine Roger e Daniela Lehwaldt, respectivamente. Elas abordaram os avanços globais nas práticas em enfermagem, trouxeram casos do que acontece no Reino Unido e o porquê da importância dos enfermeiros e enfermeiras em práticas avançadas para os sistemas universais de saúde.


“Todos nós sabemos que estamos enfrentando uma pandemia, não só de Covid-19, mas de doenças não infecciosas que matam mais de 41 milhões de pessoas todo ano, representando 71% das mortes no mundo, e essas doenças estão aumentando”, explicou Melaine Roger. “A enfermagem avançada pode contribuir para a melhoria da saúde e do acesso para todos os pacientes, sejam urbanos ou rurais, melhorar a eficiência e a experiência dos pacientes na saúde”, comentou Roger.


Documentário – PAE em Andaluzia


Os cidadãos da Andaluzia, maior comunidade autônoma da Espanha, possuem mais de uma via de acesso ao serviço público de saúde. Quando precisam de atendimento, as pessoas podem escolher entre a tradicional consulta médica e a consulta com seu enfermeiro de referência. Os profissionais de enfermagem vêm ampliando suas atribuições, como uma forma de dar resposta às transformações no perfil demográfico, epidemiológico e cultural da população.


A ampliação das competências dos enfermeiros iniciou pela Atenção Primária, que desempenha um papel estratégico no Serviço Andaluz de Saúde. Antes de ser a porta de entrada, o primeiro nível atua como ordenador de todo o sistema, que opera de maneira integrada.


Mais informações no site da APSREDES.

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Cofen e OPAS selecionam finalistas do Laboratório de Inovação em Enfermagem

Cofen e OPAS selecionam finalistas do Laboratório de Inovação em Enfermagem

O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) no Brasil selecionaram 11 experiências para visitas in loco da comissão de avaliadores do Laboratório de Inovação em Enfermagem: Valorizar e Fortalecer a Saúde Universal. As experiências são provenientes das regiões sul, sudeste e nordeste e contemplam os três temas do Laboratório de Inovação, sendo quatro experiências sobre as ações da Enfermagem para o enfrentamento da pandemia da covid-19; três práticas abordam a assistência à Saúde na Linha de Cuidado Materno Infantil e outras quatro tratam sobre a Enfermagem no contexto das Redes de Atenção à Saúde do Sistema Único de Saúde (SUS).


A visita técnica é a última etapa do Laboratório de Inovação para definir as experiências que serão premiadas como inovadoras pelo Cofen e pela OPAS Brasil. A cerimônia de premiação está prevista para ocorrer em maio de 2023, durante a Semana da Enfermagem.


“É importante reconhecer o que a trabalho inovador dos profissionais que estão na assistência, para fortalecer e potencializar boas práticas, capazes de ampliar o acesso e a resolutividade da Saúde”, ressalta a presidente do Cofen, Betânia Santos.


“Nas visitas técnicas, os membros do LIS vão conhecer os resultados das experiências para os sistemas sanitários dos respectivos territórios, conhecendo o contexto, os atores envolvidos, os desafios superados e as soluções para os problemas que as práticas abordaram. Estamos muito felizes com o Laboratório de Inovação pois reunimos boas práticas que demonstram o protagonismo da Enfermagem no SUS.”, explica Roberto Tapia, coordenador da área de Sistemas e Serviços de Saúde da OPAS Brasil.


Ao todo, o LIS Enfermagem recebeu 150 relatos e 39 foram classificadas para a 2a etapa. As práticas selecionadas participaram do seminário virtual realizado em junho, com apresentação dos relatos pelos autores para a Comissão de Avaliação. Agora, nesta 3ª etapa, as 11 experiências receberão a visita de membros da Comissão de Avaliação a fim de conhecer a implantação da experiência no território. As visitas serão agendadas junto aos autores responsáveis pelos relatos e vão ocorrer entre novembro a janeiro de 2023.


O objetivo da iniciativa é reunir conhecimentos inovadores sobre a prática da Enfermagem no Sistema Único de Saúde (SUS) para subsidiar e formular políticas públicas sustentáveis, contribuindo para a qualificação da categoria profissional.

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Inovações em Enfermagem no SUS recebem prêmio do Cofen e da OPAS

Inovações em Enfermagem no SUS recebem prêmio do Cofen e da OPAS

Representantes de 16 programas inovadores desenvolvidos no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) receberam hoje (9) a premiação do Laboratório de Inovação em Enfermagem, projeto de cooperação técnica da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) e do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen). Com máscaras e distanciamento social, a cerimônia contou com a presença do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Conselho Nacional de Secretarias Nacionais de Saúde (Conasems), Ministério da Saúde, Ministério da Educação e da Associação Brasileira de Enfermagem (Aben), e teve  pela internet.


A exibição do documentário  abriu a cerimônia. Emocionados e, muitas vezes entre lágrimas, os enfermeiros dedicaram o prêmio às suas equipes, parceiros e ao SUS. Direitos sociais, sexuais e reprodutivos, e o compromisso com a Saúde Coletiva, marcaram as falas de agradecimento.


“Este Laboratório de Inovação assume uma função muito importante, não apenas para dar visibilidade ao trabalho da Enfermagem brasileira. Afinal foram mais de 329 projetos apresentados, entre estes 39 pré-selecionados e 16 reconhecidos no dia de hoje. Mostra que a Enfermagem é capaz, que a Enfermagem estuda, que a Enfermagem inova em prol da melhoria do acesso e da cobertura universal de Saúde”, afirmou o presidente do Cofen, Manoel Neri, que destacou também a dissonância entre a importância da profissão e as condições de vida e trabalho dos profissionais.


“É muito triste quando vemos um relato de um técnico de Enfermagem, como vimos no documentário Na Linha de Frente, referindo que tem que trabalhar em três empregos para sobreviver, porque ganha R$ 779. Isto deveria ser motivo de vergonha para o governo brasileiro, para aqueles que formulam as políticas de Saúde, as políticas de recursos humanos”, afirmou Neri. Para ele, o laboratório é também “um alento de resistência ao modelo medicalocêntrico, que não prioriza o trabalho interdisciplinar”. “É uma resistência, e a Enfermagem tem sido especialista em resistir. Diante do caos, construir o novo, buscar soluções para garantir a assistência à Saúde da população. E isto ficou muito evidente agora, neste período de pandemia”, concluiu, sob aplausos.


“Todo esse trabalho culmina com esta premiação, mas a Enfermagem continua e esperamos que com este Laboratório de Inovação as pessoas possam ter esses exemplos e que possam ser replicáveis e utilizado também a nível dos nossos estabelecimentos de saúde”, afirmou Miguel Aragon, representando a OPAS.


A representante da Enfermagem na OMS, Elizabeth Iro, participou remotamente do encerramento. Iro parabenizou o Cofen e a OPAS/OMS pela Iniciativa do Laboratório de Inovação em Enfermagem e as instituições parceiras, pela colaboração. “Estou satisfeita de ouvir sobre práticas motivadores com intuito de fortalecer o Sistema de Saúde no Brasil”.


Laboratório de Inovação – Lançado em setembro de 2019, pelo Cofen e Organização Pan-Americana da Saúde no Brasil (OPAS), o Laboratório de Inovação em Enfermagem recebeu 329 inscrições, distribuídas em dois eixos temáticos, ampliação do escopo de práticas e valorização da enfermagem. As atividades do Laboratório de Inovação incentivaram o intercâmbio de conhecimentos entre os participantes. Em março, 39 representantes de experiências participaram de um encontro em Brasília, que selecionou 24 práticas para a terceira etapa. Durante o mês de outubro, a comissão avaliadora visitou todas as experiências finalistas. Estiveram à frente do projeto a vice-presidente do Cofen, Nádia Ramalho, e Mônica Padilha e Maria Alice Fortunato, pela OPAS. Estiveram à frente do projeto a vice-presidente do Cofen, Nádia Ramalho, e Mônica Padilha e Maria Alice Fortunato, pela OPAS.


Os critérios observados pelos avaliadores do Laboratório de Inovação foram o caráter inovador, a sustentabilidade, a replicabilidade no SUS, a institucionalidade e a coerência da proposta relatada com o objetivo da intervenção, conforme previsto no edital. Cada experiência foi analisada por dois especialistas e na discordância de resultado, a comissão encaminhou a avaliação para um terceiro examinador.


Os avaliadores do Laboratório de Inovação foram indicados pelo Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass), pelo Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), pela Associação Brasileira de Enfermagem (Aben), pelos Ministérios da Saúde (por meio da Secretaria de Atenção Primária à Saúde e da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde) e da Educação (com representantes da Secretaria do Ensino Superior), e pela OPAS e Cofen.


Todas as regiões estão representadas entre os finalistas. O estado de Santa Catarina teve destaque, com seis experiências reconhecidas pelo Laboratório de Inovação. Dois dos dezesseis projetos premiados são resultado

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Enfermeiras vencem prêmio Innovare com acolhimento de gestantes carentes

Enfermeiras vencem prêmio Innovare com acolhimento de gestantes carentes

Um projeto com a força da Enfermagem brasileira ficou entre os vencedores da 19ª edição do Prêmio Innovare, que reconhece iniciativas que deixam o Poder Judiciário mais próximo do cidadão. A cerimônia de entrega foi realizada na quarta-feira (7/12), em Brasília.


A iniciativa “Mães e Filhos de Rua” venceu a distinção na categoria “Justiça e Cidadania”. Chefiado pela enfermeira Andrea Guerra e com a participação da colega Silvana dos Santos, a ação visa dar qualidade de vida a gestantes e puérperas em situação de rua, abuso de drogas e sofrimento mental, garantindo acolhimento, assistência e atenção.


Chamado de Consultório de Rua Redenção, desde 2018 atua no bairro da Luz e suas proximidades, no centro de São Paulo, com atendimento de dezenas de pessoas. Os usuários são adultos, idosos, crianças e adolescentes, que muitas vezes sofrem de tuberculose, além das gestantes. Em situação de extrema vulnerabilidade, as mulheres recebem acesso a uma condição melhor de exercer seu direito à maternidade.


“Tivemos a satisfação de garantir este direito à maternidade que muitas vezes é negado às mulheres em situação de rua”, declarou Andrea Guerra, que esteve em Brasília para receber a honraria. De acordo com Silvana, que também foi de São Paulo à capital, não apenas a assistência médica e de Enfermagem é destinada a quem é abordado, também um cuidado mais global é oferecido, inclusive com o acesso à assistência legal via Defensoria Pública e a tentativas de encontrar familiares.

“A gente procura ajudar da melhor maneira possível, não apenas a necessidade de saúde, mas também social, com acolhimento de moradia e a tentativa de localizar a família. Houve inclusive um caso em que achamos a família e voltou para Rondônia”, comemorou Silvana.


O Prêmio Innovare destaca as boas iniciativas da área jurídica, idealizadas e colocadas em prática por advogados, defensores, promotores, magistrados e por profissionais interessados em melhorar o acesso à justiça. A cerimônia desta semana foi a primeira presencial desde 2019, em razão da pandemia de covid-19.

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Enfermeiras ganham prêmio com pulseira para medir pressão de gestantes

Enfermeiras ganham prêmio com pulseira para medir pressão de gestantes

Duas enfermeiras chegaram na frente de concorrentes em outros campos de atuação profissional e venceram um concurso de empreendedorismo da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), instituição de ensino superior sediada em São Leopoldo (RS). Com uma pulseira de aferição da pressão arterial para grávidas, a goiana Flávia Sales e a gaúcha Janaína Pinheiro venceram o prêmio Roser, que agracia projetos de pesquisa tecnológica voltados à solução de problemas práticos.


Com a experiência de gestante hipertensa pela qual Janaína passou, as colegas do chamado “Projeto Prisma” realizaram um levantamento de dados no objetivo de criar um produto que facilitasse o acompanhamento contínuo da doença, um importante fator de risco cardiovascular. Hipertensão arterial em grávidas é a causa de milhares de internações hospitalares por ano, com gastos milionários para o SUS, além de importante causa de morte evitável.


“Sabemos que a hipertensão na gravidez é uma doença que pode ser silenciosa, gerar a pré-eclâmpsia, eclâmpsia e síndrome de HELLP, acarretando a morte materna e fetal ou sequelas, patologias que são as maiores causas de morte na gravidez”, explicou Flávia.


O resultado foi a pulseira, produto inovador voltado para a Rede Cegonha do SUS, que envia os números de pressão direto ao armazenamento na nuvem de dados para controle da equipe de Saúde. O projeto aguarda agora aprovação de financiamento mediante edital do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). A pulseira permite que a gestante fique no conforto de sua própria casa e receba por meio de aplicativo para celular as orientações, uma conveniência ainda mais especial na atual pandemia da Covid-19.


E foi por conta também da quarentena para conter a doença respiratória que Goiás e Rio Grande do Sul acabaram mais próximos. O curso de Mestrado Profissional em Enfermagem, iniciado no ano de 2021, tinha a disciplina Tecnologias para o Cuidado em Saúde, ministrada pela internet, o que gerou a ideação do produto da pulseira, projeto orientado pela professora Priscila Lora. “Como estávamos em estado pandêmico, as aulas foram todas online. O que poderia ser algo negativo pelo distanciamento, não foi, foi uma aproximação, uma apoiou a outra”, declarou Janaína. Hoje, além de colegas e sócias, as duas, inclusive as respectivas famílias, se tornaram amigas.


Docente no mestrado em Enfermagem da Unisinos, o professor Joel Rolim Mancia destaca que o curso de pós-graduação é ministrado dentro do acordo entre Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). “O produto pulseira de aferição é resultado das pesquisas realizadas no âmbito do Mestrado Profissional em Enfermagem, da Unisinos, que prioriza a produção de materiais com fortes características voltadas para as necessidades de mercado. Este é um trabalho inserido em linhas de pesquisa do curso. Nosso mestrado também está vinculado ao convênio Capes/Cofen, no qual mantém o compromisso de contribuir para a Sistematização da Assistência de Enfermagem”, disse o Mancia.


Referência

http://www.cofen.gov.br/enfermeiras-ganham-premio-com-pulseira-para-medir-pressao-de-gestantes_96074.html

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